terça-feira, 10 de maio de 2016

Digitação QWERTY da Vida



Retiro o lençol que cobria a máquina de datilografia empoeirada e acumulada de vontades de escrever já nem sei mais sobre o quê. Vejo tecla a tecla e dou falta da tecla reset e da turbo que dava a sensação de eu viver uma adrenalina a cada dia. Onde estão os hormônios? Cadê aquela inspiração física de tudo o que eu sentia antes? O tempo leva, eu sei

Quando temos 1/3 da vida compreendemos que já passamos muita coisa e que nem tudo nos abala. Queremos companhia em vez de efemeridades. O tempo se mede de outro modo e ele esvai por nossas mãos igual a areia da beira-mar.

E olhares passam a ser mais transparentes. Os abraços são menos urgentes e mais acolhedores. Correr atrás começa a ser o foco principal. Mas nada apressado. Começa-se a saber pisar e saber onde estamos. Começa-se a deixar os dias mais leves e mesmo os problemas primeiro sentam com a gente para depois acertarmos o que resolver.

Retirei o lençol que cobria a alma. Decidi escrever e imprimir tudo o que fosse importante ficar. Todos os objetivos e sonhos.

Todos? Não. A vida ainda apresentará outros.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Tardes ensolaradas de 2005/2006

Eu sabia que esse dia ia chegar e não demorou dez postagens para eu tratar sobre esse assunto. Relacionamentos. Não me refiro aos construídos sobre o olhar atento e planejado de uma equipe de Relações Públicas de uma Corporação Internacional, mas aqueles que sabemos. Existem.

Pois é, eu sou um cara bem relacionado e tive algumas experiências de namoro. 

Tive a sorte de encontrar pessoas legai nessa jornada. Ando assistindo a série How I Met Your Mother e descobrindo algumas cicatrizes que pareciam estar fechadas. Estavam na casquinha ainda. Bem, o que vou narrar agora aconteceu e eu pedi à segunda pessoa envolvida a liberdade de narrar. 
2005 foi um ano interessante para mim. Eu havia chegado ao 7 período da faculdade e recém separado de um namoro de desfecho turbulento para mim.

Eu estava em uma fase meio hippie da faculdade (não vendia miçangas), mas era popular. Foi aí então que aquela mulher de guarda-chuva laranja aberto salta na parada do Integração Campus-Bola do Coroado. Era uma tarde muito quente para nós. Tímida e muito quieta. Era muito quieta. E todos os dias eu ia para o meu estágio e ela para o dela. Pegávamos o mesmo ônibus. Já sabíamos a hora. 

Então eu resolvi puxar assunto. Conversamos um pouco. Era quase uma entrevista de minha parte.
Um dia eu me declarei. A companhia era linda e eu não me aguentei e ficamos.

No outro dia eu não sabia como encontra-la. Ela havia feito outro trajeto. Sentado. Esperando o ônibus. Ameaçava cair uma chuva torrencial. E vejo a moça vindo com seu guarda-chuva. Ela riu de canto da boca. Me deu um abraço de lado. Foram quase 11 meses vivendo essas e outras desventuras.
Bem não sei porquê, mas me deu uma vontade de ser grato à esse momento. Até hoje ela e eu dialogamos.  Ela seguiu a vida dela e eu segui a minha.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Você tem medo do que em 2016?

Você já teve medo na vida?

Não uma fobia, mas medo simples. O primeiro grau mesmo. Estar na porta de um avião em movimento antes de saltar de pára-quedas? Ok, deve ser essa sensação para alguns que logo depois saltam e vivem esse risco. E sentem a liberdade de voar um pouco. 


Atualmente no final de anos eu me sinto assim. Sei que terão oportunidades ótimas no ano que entra e que tudo é fruto de planejamento meu. Tudo o que eu escolher ou fazer por mim retornará de algum modo. A colheita vem se há uma boa semeadura, certo?

Tenho observado que ao longo dos anos para mim tem sido interessante pensar sobre medos. Eu disse a algumas pessoas que amava meu maior medo. Vou revelar aqui. Medo da solidão. Mas como a gente consegue ficar sozinho se tem o whatsapp e algum grupo interagindo ou quando você posta algo em alguma rede social eles veem. Eles. Os amigos e conhecidos.

Andei pensando e ano que vem (sem promessas, ok?) eu tenho a meta de estar mais sereno e bem resolvido de umas questões.Não as revelarei, pois elas estarão em movimento. A vida é líquida, para alguns. E eu acredito nisso. Sinto que a gente deva começar as coisas e fazer elas acontecerem. Aprendi que é importante começar e finalizar o que começamos. Igual a uma história. Escrevemos o primeiro parágrafo e terminamos com a conclusão. Ao menos a história de minha vida eu parei pra escrever melhor.

Lógico que tem diversos fatores que já foram escritos e não podem mais voltar a ser reescritos. Mas ainda tenho algumas páginas em branco. E o medo da solidão diminui ao passo que você escreve e para pra pensar e fazer por você um capítulo diferente. Bem, em 2016 eu começo o Capítulo 32 da minha vida. E você qual seu medo e qual seu capítulo?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Quebrar a cara faz parte, seguir é a Arte!



Assim que entrei na faculdade eu conheci os blogs. Pois é, faz tempo. Eu e um grupo de amigas tínhamos blogs sobre nossas vidas. Acredito deva ter sido um ensaio do Facebook atual. Sempre gostei de escrever, mas eu não acreditava que soubesse. Escrever bem requer prática. Fiquei meio amordaçado na época da monografia. (Quem nunca?).


Resolvi quebrar o silêncio com esse texto possivelmente compartilhado no Facebook ou citado em alguma reunião. Resolvi escrever algumas coisas que já quebrei a cara. Então, acho que todo mundo já tenha espatifado a sua no chão, literalmente, é claro.

Dia desses eu estava recordando umas playlists de namoros passados. ( é la vou eu evocar fantasmas passados rs rs pega o lenço) Ouvi umas duas músicas temas de namoros e cheguei a uma conclusão: tudo passa. Ok até a polêmica uva passa. Queria entender o sentido de ter quebrado a cara em relacionamentos e notei que não estava presente. Sempre colocava no futuro os sonhos e metas. “E quando a gente tiver isso nós vamos para...”

Vivia ali naquela ilusão de amanhã. O amanhã nunca morre, já dizia o título de James Bond. Bem verdade. Sempre temos chances no amanhã, mas por que eu não vivi o agora?



Uma resposta simples. Era mais simples eu sofrer antecipadamente do que hoje. Quando sofri no presente pude perceber que era mais racional e formava lições mais rapidamente. SE você já quebrou a cara olha pro agora. Como está seu jardim? Que estás plantando e cultivando? Hora de regar as plantinhas. Vou lá. No próximo texto a gente para e pensa mais.